'Círio é muito maior que isso', diz diretor da Festa de Nazaré sobre rompimento da corda e atrasos na procissão

  • 14/10/2025
(Foto: Reprodução)
Diretor da Festa de Nazaré fala sobre corte da corda durante o Círio em Belém O diretor-coordenador da Festa de Nazaré, Antônio Souza, comentou sobre o corte da corda durante a passagem da procissão pela Avenida Presidente Vargas, em Belém. O incidente ocorreu, no domingo (12), momentos antes da berlinda com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré dobrar para a Avenida Nazaré. O corte da corda, um dos principais símbolos de fé do Círio, provocou tumulto e desespero entre os fiéis, principalmente entre crianças e idosos. De acordo com o diretor, a situação é lamentável. “Eu lamento muito essa situação da corda. Isso vem acontecendo todos os anos. A gente realiza um trabalho junto com a Guarda de Nazaré e, neste ano, pedimos reforço da Polícia Militar. Mas é muito difícil ter controle em um evento que reúne milhões de pessoas circulando pela cidade. É praticamente impossível fazer uma revista completa ou impedir qualquer tipo de ação”, afirmou Antônio Souza. Clique e siga o canal do g1 Pará no WhatsApp O diretor também destacou que essa ação acaba prejudicando outros promesseiros que colocam como promessa trazer a corda até a Praça Santuário. "Eles acabam sendo prejudicados por vândalos, que, para nós, não são promesseiros, mas sim pessoas que levam instrumentos cortantes e perigosos no meio da multidão para comercializar, tirar proveito e até estragar a festa. Só que o Círio é muito maior do que isso, não é a corda do Círio que vai estragar a festa. É uma situação que gente só fica triste pelo promesseiro, que gostaria de chegar com ela até o local que ela é desatrelada”, completou o diretor. Já sobre atraso na saída da Trasladação, realizada no sábado (11), provocado justamente pelo corte da corda e por um problema identificado na Estação 5, o diretor disse que não dá para precisar exatamente o que causou. O incidente ocorreu entre as estações 4 e 5 e o atraso se deu porque elas são interligadas. Logo no início, tentamos contornar a situação para não deixar o percurso sem essas duas estações. Conseguimos resolver o problema e dar continuidade à procissão. Houve, de fato, um atraso de cerca de 30 a 40 minutos, mas isso não comprometeu o andamento da Trasladação”, explicou Antônio Souza. Questionado se aumentar o número de estações poderia ser uma solução para evitar rompimentos, Antônio Souza afirmou que a medida não seria viável. Para ele, a medida não seria uma boa alternativa, porque isso ampliaria ainda mais o comprimento do corte entre as estações, o que poderia facilitar novos cortes. Ele lembrou que, em uma edição anterior, quando houve aumento no tamanho da corda, o resultado foi negativo. “Quando ampliamos a corda, tivemos um problema sério, porque ela acabou se embolando durante a procissão. Então, em relação ao tamanho, não há previsão de alteração. O que precisamos é aperfeiçoar a corda nova, ajustando-a ao ponto ideal para que ela não cause mais transtornos durante o trajeto”, completou. Prioridade é continuar fabricando a corda no Pará Um dos principais símbolos da maior Festividade Nazarena, a corda do Círio, a corda foi fabricada no Pará pela primeira vez em 2023 e é feita de fibras de malva amazônica. Antes disto, ela era feita de sisal e produzida em Santa Catarina. Questionado se a Diretoria da Festa de Nazaré pretende voltar a produzir a corda no Sul do país ou modificar o material usado na confecção feita no Pará, Antônio Souza afirmou que a prioridade é manter a fabricação local. “Vamos fazer uma análise técnica, mas a intenção da diretoria é manter a produção da corda no nosso estado, valorizando o trabalho do nosso povo. As pessoas que confeccionam a corda são famílias paraenses, que utilizam fibras da nossa terra”, destacou o diretor. Segundo ele, o objetivo é buscar melhorias no material para garantir mais resistência, sem perder o caráter regional da produção. “Nosso desejo é aperfeiçoar o produto, para que ele tenha as melhores especificações possíveis, mas que continue sendo feito aqui, pelas mãos dos paraenses, para Nossa Senhora de Nazaré”, completou. Círio de Nazaré reuniu 2,5 milhões de pessoas Círio de Nazaré 2025: Romeiros se preparam para puxar a corda da Trasladação. Beatriz Reis / g1 Cerca 2,5 milhões de pessoas acompanharam a 233ª edição Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a maior procissão católica do Brasil, no domingo (12), em Belém do Pará. A berlinda com a santa saiu da Catedral da Sé depois das 7h, percorrendo 3,6 km até chegar à Praça Santuário, por volta de 12h, meia hora mais cedo que no ano anterior. A maior procissão do Círio teve início com uma missa conduzida por Dom Alberto Taveira, às 6h15, com recados em inglês. Em seguida, a Imagem foi colocada na berlinda às 7h28, para início do percurso. Como de costume, a berlinda percorreu o centro histórico de Belém, passando pelo Ver-o-Peso (a maior feira a céu aberto da América Latina), Estação das Docas, praça da República e alguns outros pontos da cidade em cerca de seis horas. A programação oficial da Festa de Nazaré segue ao longo de outubro até o Recírio, no dia 27 de outubro. LEIA TAMBÉM: Círio 2025: tentativa de homicídio acende alerta sobre uso de facas durante romaria Círio 2025: briga entre romeiros provoca tumulto na Serzedelo e atrapalha socorro da Cruz Vermelha Vídeos com as principais notícias do Pará

FONTE: https://g1.globo.com/pa/para/cirio-de-nazare/noticia/2025/10/14/cirio-2025-diretor-da-festa-de-nazare-comenta-rompimento-da-corda-e-atrasos-na-procissao.ghtml


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