'E Depois do Irurá…' emociona público com poesia e denúncia sobre o meio ambiente na 35ª Mostra de Teatro de Santarém
28/10/2025
(Foto: Reprodução) Peça "E despois do Irurá..." no palco da Casa da Cultura de Santarém-PA
Divulgação
A 35ª Mostra de Teatro de Santarém, no oeste do Pará, segue na Casa da Cultura até o dia 1º de novembro. Nesta segunda-feira (27), o palco recebeu o espetáculo “E Depois do Irurá…”, do Grupo de Teatro Chico Mendes. A peça, escrita pelo poeta, ator e dramaturgo Rudinei Borges, se destacou na programação pela força poética e pelo olhar político sobre o meio ambiente.
O Rio como símbolo de resistência
Com o tema “Arte, Meio Ambiente e Clima”, a Mostra propõe um diálogo entre arte e natureza e “E Depois do Irurá…” traduz isso de forma sensível. O igarapé do Irurá, tão conhecido dos santarenos, vira metáfora de resistência. Em cena, sete vozes se entrelaçam em poesia, denúncia e esperança, convidando o público a refletir sobre o tempo, a vida e a importância de cuidar do que ainda temos.
A coordenadora da Mostra de Teatro, Márcia Corrêa, celebrou o momento que o evento vem vivendo: “A gente está na terceira noite de apresentações. A primeira foi no Quilombo Bom Jardim, e essa é o segundo espetáculo que a gente apresenta na Casa da Cultura. ‘E Depois do Irurá’, com o grupo de teatro Chico Mendes, traz uma mensagem ecológica, ambiental, com um texto muito interessante e reflexivo para a população santarena.”
O fundador do Grupo Chico Mendes, padre José Boeing, falou sobre a nova montagem e o sentido simbólico da história: “Neste ano estamos apresentando uma peça escrita pelo nosso próprio elenco, ‘E Depois do Irurá’, que busca reviver a beleza que era o Irurá nos tempos passados, a tristeza da situação atual e o que podemos fazer para reflorestar, cuidar da natureza. Meu personagem alimenta a esperança, somos semente, podemos reflorestar, recuperar o que foi perdido e também as nossas relações.”
''A Cigarra e a Formiga da Flona'' estreia na terceira noite de apresentações
Programação segue até novembro
Desde a estreia, na sexta-feira (24), a Mostra vem levando arte a diferentes lugares da cidade. No sábado (25), o teatro chegou ao Quilombo Bom Jardim com “Histórias de Mocambos”, e no domingo (26), a fábula ecológica “A Cigarra e a Formiga da Flona” encantou o público infantil com uma mensagem de solidariedade e consciência ambiental.
Nesta terça-feira (28), é a vez de “Frei Junípero e o Pé de porco na Amazônia”, do Grupo de Teatro Kabi Kaxi, às 20h, na Casa da Cultura. A entrada é gratuita.
A 35ª Mostra de Teatro de Santarém segue até o dia 1º de novembro, com apresentações e atividades espalhadas por vários espaços da cidade.
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O evento é realizado pela Associação Cultural dos Artistas, Produtores e Técnicos das Artes Cênicas do Tapajós (ATAS), em parceria com o Ponto de Cultura Teatro e Cidadania e a Secretaria Municipal de Cultura (Semc). A Mostra foi contemplada pelo PNAB Santarém Ciclo 1 – Edital Multilinguagens 01/2025, na categoria Artes Cênicas.
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