Fábula Ecológica e Solidariedade marcam o terceiro dia da 35ª Mostra de Teatro de Santarém com 'A Cigarra e a Formiga da Flona'
27/10/2025
(Foto: Reprodução) Espetáculo 'A cigarra e a formiga da Flona'
Divulgação
A 35ª Mostra de Teatro de Santarém, no oeste do Pará, encerrou o primeiro fim de semana de apresentações neste domingo (26) com a estreia de “A Cigarra e a Formiga da Flona”, uma releitura amazônica da clássica fábula que transformou o conto em uma celebração da vida, da natureza e da solidariedade.
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O espetáculo lotou a Casa da Cultura e encantou o público com uma ambientação que transmite uma forte mensagem de consciência ambiental, em sintonia com o tema central da Mostra: arte, meio ambiente e clima.
A lição da floresta
Ambientada na Floresta Nacional do Tapajós, a peça, com texto e canções de Francisco Vera Paz, levou o público, especialmente as crianças, a um universo lúdico e cheio de poesia. Conduzida pela Mãe-do-Mato, o Espírito da Floresta, a história apresenta a Cigarra carimboleira, que vive celebrando a arte e a alegria, e a Formiga reclamona, preocupada apenas em acumular.
A reviravolta acontece quando um incêndio ameaça destruir a floresta. É nesse momento que os personagens percebem que só a união e o respeito à natureza podem salvá-los, encerrando a trama com a emocionante “Canção da Chuva”, um ritual que devolve a vida à mata.
“Trazer essa abordagem ambiental para o palco, através de um clássico como A Cigarra e a Formiga, e ambientar na Flona é muito valioso, principalmente para as crianças. Ainda mais nesse período em que começa o verão e aumentam as queimadas. A peça faz refletir sobre os impactos disso na floresta, nos animais e também na nossa própria vida”, contou Kennedy Harilal, intérprete do personagem Bem-te-vi.
Mostra de Teatro de Santarém chega à 35ª edição com homenagens e programação gratuita
Colorida, educativa e cheia de ritmo, “A Cigarra e a Formiga da Flona” uniu teatro, música e saberes tradicionais em defesa da floresta.
“Essa peça carrega nossas raízes e nossa ancestralidade. Fala sobre meio ambiente, sobre as questões sociais — e é esse o papel do teatro. A Mostra tem esse propósito de colocar a nossa ancestralidade em cena. A floresta é parte da nossa história”, disse Alenilson Ribeiro, Diretor do Grupo Teatral Kauré e homenageado da Mostra de Teatro de Santarém.
A Mostra de Teatro segue até o dia 1º de novembro, com espetáculos e ações espalhadas por vários espaços de Santarém. Nesta segunda-feira (27), a apresentação será do espetáculo “E Depois do Irurá”, do Grupo de Teatro Chico Mendes, às 20h, na Casa da Cultura. A classificação é livre.
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Realizada pela Associação Cultural dos Artistas, Produtores e Técnicos das Artes Cênicas do Tapajós (ATAS), em parceria com o Ponto de Cultura Teatro e Cidadania e a Secretaria Municipal de Cultura, a Mostra foi contemplada no PNAB Santarém Ciclo 1 – Edital Multilinguagens 01/2025, na categoria Artes Cênicas.
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