Mostra 'Amazônia nas Telas' abre AmazôniaFiDoc 2025 com pré-estreia de 'Xingu: Nosso Rio Sagrado' em Belém
15/10/2025
(Foto: Reprodução) Mostra 'Amazônia nas Telas' abre AmazôniaFiDoc 2025 com pré-estreia de 'Xingu: Nosso Rio Sagrado' em Belém.
Divulgação
Em um ano marcado pela atenção global à floresta, o cinema da Amazônia ganha destaque com a Mostra “Amazônia nas Telas | Especial COP30”, que abre oficialmente a 11ª edição do Festival Pan-Amazônico de Cinema — AmazôniaFiDoc.
O evento será realizado nos dias 17 e 18 de outubro de 2025, no Cine Sesc Boulevard, reunindo produções que refletem a relação entre povos, territórios, rios e florestas da Pan-Amazônia.
O destaque da abertura é a pré-estreia nacional do documentário “Xingu: Nosso Rio Sagrado” (2025), de Ângela Gomes. O longa-metragem paraense traz uma narrativa potente sobre o rio Xingu e as transformações vividas pelas comunidades locais após o barramento de Belo Monte, uma década atrás.
Narrado pela cacica Kokongri Kayapó, o filme dá voz a lideranças indígenas e retrata, sob olhar amazônico, as contradições ambientais e sociais em tempos de emergência climática e da COP30.
“O cinema é a voz mais potente que temos para traduzir a complexidade e a beleza desse território. A floresta precisa ser ouvida, e o AmazôniaFiDoc é um canal para que essa escuta aconteça com sensibilidade e verdade, ainda mais fortalecido pelo patrocínio da Petrobras”, destaca Zienhe Castro, diretora do festival e fundadora da Z Filmes.
Filmado em 2024 ao longo de 30 dias, “Xingu: Nosso Rio Sagrado” percorreu o curso do rio desde Altamira até o território Mebêngôkre-Kayapó. A produção se diferencia por ser o primeiro longa paraense a contar com cineastas indígenas em todas as etapas, em parceria com o Coletivo Beture Mebêngôkre-Kayapó.
O elenco reúne vozes como Kokongri Kayapó, Bel Juruna, Josiel Juruna, Francineide Ferreira, Raimunda Gomes, Ana Laíde Barbosa e Adalton Arara, que relatam as mudanças na Volta Grande do Xingu, área de alta biodiversidade da Amazônia.
Produzido pela Visionária Filmes, o documentário foi realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo (Secult-PA / Ministério da Cultura). A trilha sonora é de Léo Chermont e a fotografia de Cezar Moraes e Simone Giovine. O roteiro foi criado por um núcleo de mulheres paraenses.
Natural de São Caetano de Odivelas e professora de Cinema e Audiovisual da UFPA, Ângela Gomes estreia na direção e roteiro de longas com este trabalho. Pesquisadora de cinemas indígenas na Amazônia, ela foi premiada por sua tese sobre o cinema Mebêngôkre-Kayapó, reconhecida por instituições como Socine, Intercom e Compós 2025.
A Mostra “Amazônia nas Telas – Especial COP30” marca o início da temporada 2025/2026 do AmazôniaFiDoc e o lançamento da convocatória internacional de filmes voltada a realizadores dos nove países da Pan-Amazônia. Em sintonia com a pauta climática global, a iniciativa reforça o cinema como ferramenta essencial na defesa da floresta e de suas culturas.
Programação — Mostra Amazônia nas Telas | Especial COP30
Sexta-feira, 17 de outubro de 2025
19h – Abertura e discursos
20h – Pré-estreia de Xingu: Nosso Rio Sagrado, de Ângela Gomes (77 min)
21h30 – Coquetel e bate-papo com a diretora e equipe
Sábado, 18 de outubro de 2025
16h30 – Da Silva da Selva, de Anderson Mendes (17 min)
17h – Sukandé Kasaka, de Kamikia Kisedje e Fred Rahal (30 min)
17h40 – Pau d’Arco, de Ana Aranha (89 min)
Serviço
Mostra Amazônia nas Telas | Especial COP30 — abertura da 11ª edição do AmazôniaFiDoc com o documentário Xingu: Nosso Rio Sagrado
Data: 17 e 18 de outubro de 2025
Local: Cine Sesc Boulevard – Blvd. Castilhos França, 522/523, Campina, Belém (PA)
Realização: Z Filmes e Instituto Culta da Amazônia
Direção: Zienhe Castro
Patrocínio: Petrobras
Mais informações: www.amazoniadoc.com.br
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