Mostra de Teatro de Santarém encerra com mensagem de valorização da Amazônia
03/11/2025
(Foto: Reprodução) 35° Mostra de Teatro encerra destacando arte, cultura e consciência ambiental
Durante a ultima semana, a Mostra de Teatro de Santarém reuniu artistas, grupos e o público em uma grande celebração à cultura amazônica. O evento, que chegou ao fim no último sábado (1), deixou como marca principal a valorização das tradições e a conscientização sobre a preservação do meio ambiente.
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Com espetáculos, contações de histórias e debates, a programação combinou arte, reflexão e identidade regional. A coordenadora da Mostra, Márcia Corrêa, destacou a importância de levar o teatro para diversos espaços da cidade:
“Nós conseguimos abranger a maior quantidade de espaços possíveis. Fomos em quilombos, escolas, praças, território Borari. E nossa ancestralidade em cena esteve presente em todos esses espaços. Nós diversificamos de forma a abranger, teatralizar a cidade de Santarém que tenha esse acesso à arte teatral.”
Além das apresentações, o evento promoveu discussões sobre o papel da arte na defesa da natureza e na construção de um futuro mais consciente. Márcia reforçou o caráter ambiental de boa parte das obras apresentadas:
“Vários espetáculos, acho que na totalidade, quase que todos, integralmente, falaram aspectos em relação ao nosso clima, ao nosso meio ambiente, às mazelas que a gente sofre na região amazônica. É o respeito à natureza, o respeito aos encantados, a nossa ancestralidade.”
Além de apresentações artísticas, a programação discutiu sobre o papel da arte na preservação da natureza e na construção de um futuro mais consciente.
Reprodução/TV Tapajós
Realizada pela Associação Teatral Amadores de Santarém (ATAS), a Mostra envolveu dezenas de artistas locais. O presidente da entidade, Mourrambert Flexa, explicou que o evento é o ponto de encontro das produções desenvolvidas ao longo do ano:
“A Mostra de Teatro é justamente esse momento em que os grupos da cidade, os grupos das artes cênicas, tanto dança como teatro, como o pessoal do circo também, da arte circense, eles se reúnem para mostrar suas produções que eles fazem ao longo do ano.”
Entre as apresentações que chamaram atenção do público, esteve a das irmãs Ágida e Karenina, que encenaram contos e lendas do folclore paraense. Elas destacaram a relevância da Mostra e a força simbólica da cultura amazônica:
“A Mostra de Teatro eu acho que é um importante marco cultural na nossa região, que já está há mais de 30 anos em trajetória e esse ano traz a sustentabilidade. [...] Para o público, ele percebeu quanto a nossa cultura é rica em vários valores e como a nossa ancestralidade continua muito poderosa para poder a gente se conectar realmente com nossas origens.”
A 35ª edição também homenageou o ator e professor Alenilson Ribeiro, que avaliou o evento como um espaço de resistência e protagonismo cultural:
“Receber essa homenagem não só é uma forma de carinho e afeto, mas também uma responsabilidade pelos 35 anos de trabalho que nós estamos realizando nessa mostra. [...] O teatro é celebração, o teatro é encontro, mas o teatro, além de resistência, ele é protagonismo, porque é a partir do teatro que a gente vai ver o rosto, a fala, as histórias da Amazônia sendo contadas.”
Encerrando mais uma edição histórica, a Mostra de Teatro reafirmou o papel da arte como voz da Amazônia — um elo entre tradição, consciência e criação que mantém viva a cultura santarena.
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